terça-feira, 4 de agosto de 2009

O casamento da mediocridade com a hipocrisia na GEOGRAFIA da UECE

O casamento da mediocridade com a hipocrisia na GEOGRAFIA da UECE

Recentemente, um grupo de alunos manifestou-se em relação as suas experiências com o Profº João de Leonor. Estes relataram que o mesmo manifestava uma postura preconceituosa, ditatorial, racista e possuía sérios problemas em sua metodologia de ensino, conteúdo e relacionamento com os alunos.

Um abaixo-assinado foi encaminhado à Reitoria, à Comissão de Educação da Assembléia Legislativa e à Procuradoria de Justiça do Estado. Ao chegar á coordenação do curso, formou-se uma comissão no colegiado que emitiria um parecer sobre as reivindicações dos alunos.

É sobre esta avaliação que queremos tratar aqui, e também a respeito da forma como os estudantes foram tratados neste fórum chamado colegiado (reunião com todos os professores do curso em que os estudantes têm direito a voz e o CAGEO a voz e voto).

A avaliação colocada pela comissão previa o arquivamento do processo que seria votado pelos professores adjuntos e de titulação superior. Com medo de muitas argumentações pertinentes que poderiam ser feitas, foi impedido aos alunos questionarem a comissão sobre vários aspectos como: a falta de um depoimento que não foi anexado ao processo, os dados estatísticos das cadeiras ministradas pelo dito professor que demonstravam as constantes reprovações e desistências não foram lavadas em consideração e muito menos os processos já abertos anteriormente contra o professor.

A comissão utilizou uma metodologia insatisfatória e perceptivelmente tendenciosa, que mostrava a quem tivesse um pouco de bom senso, um corporativismo escancarado dentro do colegiado, o que nos faz pensar qual o propósito de tudo isso ou o que temem os professores?

A tática da comissão foi basear-se em depoimentos colhidos pela mesma, uma opção bastante sagaz que confronta opiniões divergentes para se valer de uma argumentação fraca em que as ambigüidades dos fatos expostos faziam parecer infundadas a reivindicação dos estudantes. Como elaborar um parecer com dados subjetivos?

A outra estratégia foi desqualificar a presença dos discentes (CA e estudantes interessados) como se o nosso direito de voz e voto fosse uma permissão a ser dada e não um direito garantido pelo regimento da Universidade.

Burocracia, desconsideração e imposição foram atirados aos alunos como forma de calar o movimento construído pelos estudantes que reivindicavam melhorias no ensino e que tem muito mais a mostrar do que o corporativismo dentro do curso.

Foi proposto ainda que os estudantes e professores que não fossem votar se retirassem da sala (proposta feita pelo relator da comissão, talvez algo que fosse dito ali não podesse ser dito a todos como a aprovação do parecer somente por uma discussão superficial), no entanto estes se impuseram e assistiram atônitos ao desenrolar de uma votação fajuta e hipócrita (8 votos a favor, um contra e uma abstenção) em que o próprio relator que fez o parecer votou (ele omite duas opiniões? No parecer e na votação?).

Não podemos ficar calados com tamanho desrespeito aos estudantes. Viemos abertamente declarar repúdio, indignação e revolta ao casamento realizado no dia 03/08/2009, ás 14:00h na coordenação do curso, em que hipocrisia e mediocridade assumiram, perante a comunidade, o enlace amoroso, numa reunião capaz de causar enjôo a qualquer um. Matrimônio baseado no corporativismo no qual o medo é maior do que o amor.

Centro Acadêmico de GEOGRAFIA – CAGEO

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