segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Presidente da Adece Insiste em Estaleiro no Serviluz




Vejam o que saiu hoje no Bom Dia Ceará!!!


Antonio Balhmann, presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), fala alguns absurdos, afirmando que na área do Mucuripe já há EIA/RIMA e Licença de Instalação, dando a entender que a questão ambiental está ok desde 1995, por ser ali considerada área de expansão do porto. SOMENTE QUINZE ANOS ATRÁS!!

É uma baboseira atrás de outra. Além de demonstrar completo desconhecimento de causa, jurídica e ambiental, ainda faz grande pressão à serviço dos investidores.

Vendo a entrevista, dá muito a entender que o estaleiro, para o Governo do Estado, deverá ser lá!

Mobilizemo-nos!


ALGUNS DETALHES PERTINENTES

* O Estudo de Impacto Ambiental a que se refere Balhman foi relativo à expansão do porto do Mucuripe. Difere, portanto, do projeto do estaleiro;

* O contexto era outro, vigia outro plano diretor. O atual determina aquele bairro como Zona Especial de Interesse Social (Zeis), com prioridade para a habitação popular;

* A informação central é de opção pelo bairro Serviluz, mas Balhman dá a entender que o estaleiro poderá ir para outro lugar;

* A autoridade joga uma cortina de fumaça: nenhuma família seria transferida, toda família teria pelo menos uma pessoa trabalhando no empreendimento, fica a impressão de que o estaleiro seria colocado em pleno mar, sem nenhuma repercussão sobre as moradias; pessoas da comunidade seriam treinadas (mas, haverá emprego para todas?), a população teria aumentadas suas áreas de lazer!! Ao acenar com tais promessas, fica evidente a intenção de desmobilizar aquele população carente e jogar uns contra os outros, eliminando resistências.

* O representante do Governo, não informa que o estaleiro será um equipamento de pequena vida útil, que terminada a construção de certo número de navios, ele será desativado. Justifica-se tanto transtorno para a população? Por que não ver alternativas locacionais onde a "sucata" do empreendimento já teria uso posterior?

* Ainda bem que o representante do Ministério Público Federal alertou que pode entrar na Justiça com ação cautelar, por ser zona de marinha e pelo caráter de Zeis da região, a fim de evitar danos até irreparáveis.
 

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